Assim seja; para sempre separados —
Eu e os felizes, os sãos de mente.
A natureza nos fez diferenciados
E nada pode unir-nos novamente.
Novamente? Nunca estivemos unidos,
Cada um de nascença destinado —
Eles de peito alegre, destemidos,
Eu nascido já gasto, torturado.
Assim seja; para sempre separado!
E como seria em mim o normal?
É o que a razão se tem questionado
Tremendo intimamente desse mal.
Entreguei-me ao pavor e ao tormento,
Dei-me todo à loucura e ao sofrer;
Ao engano cedi meu pensamento.
Assim seja, se assim era para ser!
Eu não sou mais senhor do meu pensar.
Todo o controlo vai desaparecer.
A mente cede: doidos, podeis pastar
Em mim, vermes da alma e do meu ser.