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Cheguei a meio da vida já cansada De tanto caminhar! Já me perdi! Dum estranho país que nunca vi Sou neste mundo imenso a exilada.
Tanto tenho aprendido e não sei nada. E as torres de marfim que construí Em trágica loucura as destruí Por minhas próprias mãos de malfadada!
Se eu sempre fui assim este Mar-Morto, Mar sem marés, sem vagas e sem porto Onde velas de sonhos se rasgaram.
Caravelas doiradas a bailar... Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar! As que eu lancei à vida, e não voltaram!...
In Livro de Soror Saudade
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