|
Quanta mulher no teu passado, quanta! Tanta sombra em redor! Mas que me importa? Se delas veio o sonho que conforta, A sua vinda foi três vezes santa!
Erva do chão que a mão de Deus levanta, Folhas murchas de rojo à tua porta... Quando eu for uma pobre coisa morta, Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta!
Mas eu sou a manhã: apago estrelas! Hás de ver-me, beijar-me em todas elas, Mesmo na boca da que for mais linda!
E quando a derradeira, enfim, vier, Nesse corpo vibrante de mulher Será o meu que hás de encontrar ainda...
In Charneca em Flor
|