|
Poeiras de crepúsculos cinzentos, Lindas rendas velhinhas, em pedaços, Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços Como brancos fantasmas, sonolentos...
Monges soturnos deslizando lentos, Devagarinho, em mist'riosos passos... Perde-se a luz em lânguidos cansaços... Ergue-se a minha cruz dos desalentos!
Poeiras de crepúsculos tristonhos, Lembram-me o fumo leve dos meus sonhos, A névoa das saudades que deixaste!
Hora em que o teu olhar me deslumbrou... Hora em que a tua boca me beijou... Hora em que fumo e névoa te tornaste...
In Livro de Soror Saudade
|