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Subi ao alto, à minha Torre esguia, Feita de fumo, névoas e luar, E pus-me, comovida, a conversar Com os poetas mortos, todo o dia.
Contei-lhes os meus sonhos, a alegria Dos versos que são meus, do meu sonhar, E todos os poetas, a chorar, Responderam-me então: “Que fantasia,
Criança doida e crente! Nós também Tivemos ilusões, como ninguém, E tudo nos fugiu, tudo morreu!...”
Calaram-se os poetas, tristemente... E é desde então que eu choro amargamente Na minha Torre esguia junto ao céu!...
In Livro de Mágoas
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