Maravilha-te, memória!
Lembras o que nunca foi,
E a perda daquela história
Mais que uma perda me dói.
Meus contos de fadas meus,
Rasgaram-lhe a última folha...
Meus cansaços são ateus
Dos deuses da minha escolha...
Mas tu, memoria, condizes
Com o que nunca existiu...
— Torna-me aos dias felizes
E deixa chorar quem riu.