Meu ser sente o veloz
Coração a tardar...
Que Deus vai dar a voz?
Que luz vai começar?
Um suspiro cinzento
Cheio de ruídos mudos
Desce do firmamento
Quando a névoa apartada
Conceder a visão,
Que vai ser madrugada
Ou a Consumação?
Um profético frio
Gela minha alma ao fundo
Do meu ser fugidio
O silêncio é uma foz.
Quem é que vai falar?
Há um novo som no mar?
Se eu te pensar, tu serás meu,
Porque a alma é Deus, e Deus é tudo.
Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?