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Que vinda sombra. Meu coração Resfria e ensombra?
Que vago mal Torna minha alma À sombra igual?
Não sei. Que há entre Mim e a tristeza? Não sei, mas sempre
Meu pensamento Adoece, sempre Só a mim atento.
Ó brisa vaga, Passa por mim, Vem e embriaga
De esp’rança ao menos Meus doloridos Dias serenos.
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1915
In Poesia 1902-1917
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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