|
Quando era jovem, quando tinha pena Que (me) fazia chorar, A vida, embora má, era serena Porque era só sonhar.
Hoje, que tenho pena, quando a tenho, Só com compreender, A minha vida é como alguém estranho Que me visita o ser.
Porque a pena, ou a mágoa, ou o cansaço Que acaso surja em mim E como alguém que pisa, com mau passo, Canteiros de jardim.
16
-
7
-
1934
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
|