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Vêm campainhas vizinhas
Tocando entre nós sozinhas,
Na tintinabulação
Que todos são...
Pequenos sinos, meninos
De haver além grandes sinos,
Prenúncio de não haver
Sinos sem ser...
Na tintinabulação
Que todos que somos são,
Tocam campainhas finas,
Mais e meninas...
E isto, que é delírio, toca
Sinos em que a alma evoca
Seu menino ser de então
Em tintinabulação.
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1933
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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