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Vem uma voz pela bruma,
Vem pela bruma a falar.
Não me diz cousa nenhuma
Sei ouvi-la sem escutar.
É a voz antiga e perdida
Que diz sempre ao coração
Que não é nada esta vida
Que todo o esforço é vão.
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1934
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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