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Fito-me frente a frente E conheço quem sou. Estou louco, é evidente, Mas que louco é que estou? É por ser mais poeta Que gente que sou louco? Ou é por ter completa A noção de ser pouco? Não sei, mas sinto morto O ser vivo que tenho. Nasci como um aborto, Salvo a hora e o tamanho.
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1931
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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