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Entre o luar e o arvoredo, Entre o desejo e não pensar, Meu ser secreto vai a medo Entre o arvoredo e o luar. Tudo é longínquo, tudo é enredo Tudo é não ter nem encontrar.
Entre o que a brisa traz e a hora, Entre o que foi e o que a alma faz, Meu ser oculto já não chora Entre a hora e o que a brisa traz. Tudo não foi, tudo se ignora. Tudo em silêncio se desfaz.
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1930
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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