Tu, de quem o sol é sombra,
De quem cadáver o mundo,
Meus passos guia, a que ensombra
O sentir-te, ermo e profundo!
Presença anónima e ausente
De quem a alma é o véu,
A meus passos de inconsciente
Dá o consciente que é teu!
Para que, passadas eras
De tempo ou alma ou razão,
Meus sonhos sejam esferas,’
Meu pensamento visão.