Três vezes vi, Marília, de alva lua
Cheio de luz o rosto prateado,
Sem que dourasse o campo matizado
A linda aurora da presença tua.
Então subindo à terra calva e nua,
De um íngreme rochedo pendurado,
Os olhos alongando pelo prado,
Chamava, mas em vão, a Morte crua.
Ali comigo vinham ter pastores
Que meus suspiros fervidos ouviam
Cortados do alarido dos clamores.
Tanto que a causa do meu mal sabiam,
Julgando sem remédio minhas dores,
Por não poder-me consolar fugiam.