|
A noite sobre nós se debruçou... Minha alma ajoelha, põe as mãos e ora! O luar, pelas colinas, nesta hora, É água dum gomil que se entornou...
Não sei quem tanta pérola espalhou! Murmura alguém pelas quebradas fora... Flores do campo, humildes, mesmo agora. A noite, os olhos brandos, lhes fechou...
Fumo beijando o colmo dos casais... Serenidade idílica de fontes, E a voz dos rouxinóis nos salgueirais...
Tranquilidade... calma... anoitecer... Num êxtase, eu escuto pelos montes O coração das pedras a bater...
In Charneca em Flor
|