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Teu seio nulo, porque não existes, Vénus Urania; nem teus braços são Dos que as carícias cobiçadas dão E os olhos que te buscam ficam tristes. Não duram sóis os dias em que insistes Com a tua ausência ideal do coração, Mas amar-te é um dano e um perdão E às nossas almas renovada assistes. Cinge-me em sonhos teu destino raso Como a malignidade de ter vida, Sem consequência digna de ter prazo.
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1929
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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