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Disseram-me hoje, assim, ao ver-me triste: “Parece Sexta-Feira de Paixão. Sempre a cismar, cismar d’olhos no chão, Sempre a pensar na dor que não existe...
O que é que tem?! Tão nova e sempre triste! Faça por ’star contente! Pois então?!...” Quando se sofre, o que se diz é vão... Meu coração, tudo, calado, ouviste...
Os meus males ninguém mos adivinha... A minha Dor não fala, anda sozinha... Dissesse ela o que sente! Ai quem me dera!...
Os males d’Anto toda a gente os sabe! Os meus... ninguém... A minha Dor não cabe Nos cem milhões de versos que eu fizera!...
In Livro de Mágoas
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