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Quando fito o teu olhar, Duma tristeza fatal, Dum tão íntimo sonhar, Penso logo no luar Bendito de Portugal!
O mesmo tom de tristeza, O mesmo vago sonhar, Que me traz a alma presa Às festas da Natureza E à doce luz desse olhar!
Se algum dia, por meu mal, A doce luz me faltar Desse teu olhar ideal, Não se esqueça Portugal De dizer ao seu luar
Que à noite, me vá depor Na campa em que eu dormitar, Essa tristeza, essa dor, Essa amargura, esse amor, Que eu lia no teu olhar!
In O Livro D'ele
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