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Deixai entrar a Morte, a Iluminada, A que vem para mim, pra me levar. Abri todas as portas par em par Com asas a bater em revoada.
Que sou eu neste mundo? A deserdada, A que prendeu nas mãos todo o luar, A vida inteira, o sonho, a terra, o mar E que, ao abri-las, não encontrou nada!
Ó Mãe! Ó minha Mãe, pra que nasceste? Entre agonias e em dores tamanhas Pra que foi, dize lá, que me trouxeste
Dentro de ti? Pra que eu tivesse sido Somente o fruto amargo das entranhas Dum lírio que em má hora foi nascido!...
In Reliquiae
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