Eu quisera mandar brilhante saudação
Ao meu primo Miguel, ao primo pequenino,
Em rima suave e pura, em verso alexandrino
Que formasse talvez angelical canção.
Mas é de mais p’ra mim, não ‘stá na minha mão,
À lira divinal tirar um som divino;
A rima está quebrada, o verso não é fino,
Mas, aceita-o, Miguel, pois é do coração.
Terminemos enfim; diz o antigo ditado
Que quem dá o que tem não é a mais obrigado
E eu nada mais te dou que um pálido esboceto
Do que em verso melhor quisera descrever.
É tão forte o que sinto, o que quero dizer,
Que o não posso exprimir neste pobre soneto...