Meu coração, mistério batido pelas lonas dos ventos...
Bandeira a estralejar desfraldadamente ao alto,
Árore misturada, curvada, sacudida pelo vendaval,
Agitada como uma espuma verde pegada a si mesma,
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Para sempre condenada à raiz de não se poder exprimir!
Queria gritar alto com uma voz que dissesse!
Queria levar ao menos a um outro coração a consciência do meu!
Queria ser lá fora...
Mas o que sou? O trapo que foi bandeira,
As folhas varridas para o canto que foram ramos,
As palavras socialmente desentendidas, até por quem as aprecia,
Eu que quis fora a minha alma inteira,
E ficou só o chapéu do mendigo debaixo do automóvel,
O estragado estragado,
E o riso dos rápidos soou para trás na estrada dos felizes...
□ espaço deixado em branco pelo autor