Uma leve (veludo me envolve), vaga,
Vazia brisa
Como uma impressão imprecisa se propaga
Pela minh’alma imprecisa.
Pendem, oscilando, do caule da Hora — a rosa
Rara raiou —
As flores que outrora perfumaram a luminosa
Vida que (já) passou.
E tudo porque uma brisa, como quem brinca, brinda
Ao meu hesitar
O insulto inútil da sua veludínea e linda
Voz de variar;
Porque sob o azul do sul um bafo, ou (um) afago
Que sugere, ou contém,
A ideia de vida feliz ou de morte tranquila, vago
Afago vem.
E eu dispo de mim as intenções e as memórias
Na abstracta fragrância,
E a Hora é apenas o terem-me contado ‘stórias
Na minha infância.