Dorme, sonhando! ‘Sparsa luz te alumbre,
Fatal, que a noite crédula submete.
A longínqua razão, céu a interprete,
Diverso se constele e te deslumbre.
Arfar do peito que o sorriso adumbre,
Cabelo leve sobre a face. Vê-te
Um olhar que te sonha, e a que compete
A transfiguração, e o que transiumbre.
Dorme! Na alcova exclusa do universo
Quanto erro-sonho é toda a tua vida,
Ao luar da luz interior imerso
Por fora do teu sono na descida
Da impressão! E eu ver-te? E o fim disperso
Da flor de lótus amarelecida?