De Luís de Camões a El-Rei D. Sebastião, saindo aos touros.


Não corre o céu o astro tão fermoso,
nem pelo alto ar o nebri voa:
um tão claro, tão puro e tão lustroso,
outro que tão ligeiro os ares coa;
como tu, Sebastião, Rei glorioso
dás nova luz ao lume da coroa
em teu ginete zaro que, voando,
a terra, por ser teu, vai desprezando.

Luís Vaz de Camões
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