Olho longamente as árvores reflectidas
como um logro: sobre as águas
vejo passar detritos, a sombra, o arrepio
de algo que não existe verdadeiramente. Não voltarei
a sonhar aqui: noutro lugar
estarão os caminhos que me restam, os sapatos
com que devo procurar os espaços da razão,
as ancas que firmam o calor dos sonhos.