Eu olho com saudade esse futuro
Em que serei mais novo que depois,
E essa saudade, com que me sinto dois,
Cerca-me como um mar ou como um muro.
Não descreio, nem creio; mas ignoro:
‘Stou posto onde se cruzam as estradas,
Multiplicando definidos nadas,
E no meio do jogo amuo e choro.
O presságio roeu os meus prenúncios.
Velei a esfinge com serapilheiras.
E os jardins dispostos em quincúncios
Dão sobre esteiras de mar morto e vago,
E um vapor de corda, sem bandeiras,
Pára no tanque, que nos finge um lago.