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Vi passar, num mistério concedido, Um cavaleiro negro e luminoso Que, sob um grande pálio rumoroso, Seguia lento com o seu sentido.
Quatro figuras que lembrando olvido Erguiam alto as varas, e um lustroso Torpor de luz dormia tenebroso Nas dobras desse pano estremecido.
Na fronte do vencido ou vencedor Uma coroa pálida de espinhos Lhe dava um ar de ser rei e senhor.
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1932
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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