|
Quando já nada nos resta É que o mudo sol é bom. O silêncio da floresta É de muitos sons sem som. Basta a brisa p’ra sorriso. Entardecer é quem esquece. Dá nas folhas o impreciso, E mais que o ramo estremece. Ter tido ‘sperança fala Como quem conta a cantar. Quando a floresta se cala Não se ouviu nada calar.
9
-
8
-
1932
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
|