Passava eu na estrada pensando impreciso
Triste á minha moda.
Cruzou um garoto, olhou-me, e um sorriso
Agradou-lhe a cara toda.
Bem sei, bem sei: sorriria assim
A um outro qualquer.
Mas então sorriu assim para mim…
Que mais posso eu qu’rer?
Não sou nesta vida nem eu nem ninguém,
Vou sem ser nem prazo…
Que ao menos na estrada, me sorria alguém
Ainda que por acaso.