(Sonho de ver o mundo parado)
Casa.
Aqui o sonho é mais exacto,
quase real
— espanto de fluido e cal.
Encosto a face
ao vidro da chuva
com a sensação quente do abandono
que me esfria a cara.
Lá fora o vento desfaz-se.
E os homens, os prédios, os mortos
vogam no sono...
Cá dentro
por um momento
tudo pára.