|
A criança que mora beira do cais Nunca andou nos navios. Deseja com ânsia febril ver mais E ir para os mares universais, Nocturnos e frios. Mas nunca foi mais que à beira da água, Nunca melhor viu Que a ida dos barcos, e a sua mágoa, Que os outros partirem □
2
-
10
-
1919
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
|