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(A propósito dos gracejos dos jornalistas ingleses sobre os desastres da Rússia)
I Senhor, quanto tempo as lutas rolarão No peito crente do homem sonolento, Pesadelos de horror no dúbio momento Do seu sono, cego ao céu? Como então
Nós, mais sábios, olharemos em vitória A queda sangrenta de grupo ou nação, Vendo a dor alheia com satisfação E os nomes da guerra nas placas da Glória?
Nós que nosso medo egoísta em vil prazer Contemplamos de longe, mais choraremos Um dia o sangue dos homens e o seu sofrer
De perdida dor como, outrora, por menos (Mais de uma década irá decorrer) O arqueiro grego na praia de Lemnos.
1905
In Poesia
, Assírio & Alvim , edição e tradução de Luisa Freire, 1999
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