|
Na vida nada tenho e nada sou; Eu ando a mendigar pelas estradas... No silêncio das noites estreladas Caminho, sem saber para onde vou!
Tinha o manto do sol... quem mo roubou?! Quem pisou minhas rosas desfolhadas?! Quem foi que sobre as ondas revoltadas A minha taça de oiro espedaçou?!
Agora vou andando e mendigando, Sem que um olhar dos mundos infinitos Veja passar o verme, rastejando...
Ah, quem me dera ser como os chacais Uivando os brados, rouquejando os gritos Na solidão dos ermos matagais!...
In Charneca em Flor
|