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Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos Como um divino vinho de Falerno! Poisando em ti o meu amor eterno Como poisam as folhas sobre os lagos...
Os meus sonhos agora são mais vagos... O teu olhar em mim, hoje, é mais terno... E a Vida já não é o rubro inferno Todo fantasmas tristes e pressagos!
A vida, meu Amor, quer vivê-la! Na mesma taça erguida em tuas mãos, Bocas unidas hemos de bebê-la!
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?... Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?... O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...
In Livro de Soror Saudade
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