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Nada que sou me interessa. Se existe em meu coração Qualquer coisa que tem pressa Tem pressa em vão. Nada que sou me pertence. Se existo em que me conheço Qualquer coisa que me vence Depressa a esqueço. Nada que sou eu serei. Sonho, e só existe em meu ser, Um sonho do que terei. Só que o não hei-de ter.
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1932
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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