Passavam na Avenida da Liberdade Cães-polícias para acossarem os homens Jovens homens E cabeças de cães sem número foram afagadas por minhas mãos Seus olhares de ternura que não sobra aos humanos E de meus olhos caía o verdete da lágrimas Enraivecidas dos homens Dos ódios Que enraivecem os olhos dos cães.
In Voz Nua
, Livros Horizonte, 1986
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