Como que dum sobrescrito que rasgo e abro
Tiro uma carta
Da minha sensação monótona desta tarde
Tiro a alma farta.
E eu que nunca vi antes uma carta longa, e canso
De pensar em lê-la...
Ponho-me a esquecer-me do que sinto... e pergunto
A tudo se [.]
E tudo é apenas uma sensação qualquer, suponho
Que doentia...
Uma mistura confusa de atenção e sonho
Sem alegria.
E olho nas mãos como uma carta qualquer
Que cansará ler
Minhas sensações... E odio a vida
Mesmo sem descrer.